sexta-feira, 7 de junho de 2013

Borra de Óleo em Motores

  • Os problemas de presença de borra em motores são decorrentes principalmente dos seguintes fatores:

  • Uso do óleo lubrificante incorreto no motor
- Geralmente quando se utiliza um lubrificante com nível de desempenho inferior ao recomendado pelo fabricante do veículo. Mesmo reduzindo o período de troca, pode haver problemas de formação de borra devido ao envelhecimento (oxidação) precoce do lubrificante;
  • Uso de aditivação extra
Não é recomendado o uso de aditivação suplementar de desempenho em óleos lubrificantes.
Os óleos lubrificantes de qualidade (boa procedência) já possuem, de forma balanceada, todos os aditivos para que seja cumprido o nível de desempenho ao qual foi desenvolvido. Não há testes padronizados que avaliem o desempenho de mistura de óleos com aditivos extras.
Pode haver incompatibilidade entre o óleo lubrificante e a aditivação suplementar e a borra é uma conseqüência deste problema;
  • Combustíveis adulterados
O uso de gasolina adulterada pode gerar borra no cárter.
O óleo lubrificante é contaminado por subprodutos da queima do combustível durante sua vida útil.
Essa contaminação ocorre e faz parte da operação do motor.
Mas se o combustível for adulterado estes subprodutos serão de natureza diferente e resíduos com aspecto de resina poderão se formar no motor, aumentando a probabilidade da formação de borra, entupindo passagens de óleo e prejudicando a lubrificação e refrigeração interna do motor;
  • Extensão do período de troca
Mesmo utilizando o óleo correto e combustível de qualidade assegurada, períodos de troca além do recomendado podem levar à formação de borra, devido ao excesso de contaminação e de oxidação do lubrificante.
Nos manuais dos veículos há a informação dos Kms recomendados para cada intervalo de troca.
É importante diferenciar o tipo de serviço do veículo.
Para carros de passeio, valores como 10.000, 15.000 e 20.000Km geralmente fazem referência a serviço leve (uso rodoviário).
Mas na maioria dos casos o serviço é severo (uso urbano do tipo anda e pára, distâncias curtas) e o período adotado para a troca deve ser a metade (5.000, 7.500 ou 10.000Km, respectivamente).
Essa informação não está clara em todos os manuais e se não for observada com atenção, problemas de borra podem ocorrer.
Vale lembrar que a limpeza periódica nos sistemas de aeração do cárter (confundidos com simples sistemas de alívio, ou “respiro”) é de extrema importância para evitar a borra e a formação de “camadas de carvão” nas câmaras de combustão.
É comum ver mecânicos e até pessoas mais capacitadas confundido o fluxo dos gases no sistema.
É fácil se observar isto no clássico motor GM do Opala onde se encontra uma válvula de sequência (chamada de “anti-chama”) que determina o fluxo da tampa de válvulas à admissão, fazendo com que o ar seja forçado a “entrar” pela mangueira oposta que é ligada ao filtro e promova a aeração da parte interna do motor em menor pressão no coletor.
O funcionamento (estanqueidade e abertura) desta válvula, deve ser observado praticamente a cada revisão do motor, em todos motores.
Não longe disto as motocicletas possuem também este sistema, sendo muito importante que esta válvula (que hoje vem instalada até mesmo motos de baixa cilindrada) seja limpa e verificada.

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